Uma viúva vivia sozinha com o seu único filho, João. Como eram muito pobres, decidiram vender a sua última vaca para poder comprar comida para o Inverno. No caminho para a feira, João encontrou um homem que lhe propôs trocar a vaca por alguns grãos de feijão mágicos. O homem disse que podiam ajudá-lo a ter uma vida melhor desde que fosse corajoso. O João aceitou a oferta e semeou os feijões no quintal.
No dia seguinte encontrou um pé de feijão com ramos tão altos que chegavam às nuvens e resolveu subir. Levou muito tempo até que chegou a um lugar muito estranho, onde estava o homem que lhe deu os feijões. O homem disse que ali vivia um gigante muito mau que atormentava toda a gente e que só uma pessoa muito corajosa os podia ajudar a livrarem-se do gigante. Em troca, podia ficar com todas as suas riquezas. João aceitou a proposta do homem e decidiu ajudá-los.
O homem indicou-lhe o caminho do castelo e disse-lhe que podia contar com a ajuda dos empregados do gigante que também não gostavam dele.
Ao chegar ao castelo, João foi atendido por uma rapariga muito bonita. Pediu-lhe então que o escondesse , onde pudesse estar perto do gigante sem ser visto. A rapariga acedeu e levou-o para um quarto secreto, de onde se conseguia ver a sala do gigante. O gigante era enorme e muito bruto. Grunhia tão alto que todo o castelo estremecia. Os empregados, muito assustados, iam-lhe trazendo comida continuamente, que ele devorava, deitando os restos para o chão. Ao seu lado, tinha empilhado todo o seu tesouro, que ele guardava com medo que algum empregado o roubasse. O gigante tinha um monte enorme de arcas cheias de ouro e pedras preciosas e muitos sacos de moedas.
João observava o gigante e apenas tinha a companhia da criada, que lhe trazia comida e com quem gostava muito de falar. Um dia, quando o gigante estava a dormir, depois de ter comido muito, João decidiu pôr em prática o seu plano: com a ajuda da rapariga, entrou silenciosamente na sala do gigante. Roubou vários sacos de moedas e pediu aos empregados que quando estivesse um pouco longe, dessem o alarme ao gigante. O João saiu do castelo e a rapariga decidiu fugir com ele. Enquanto corriam, João ia deixando cair uma moeda de cada vez. Alguns minutos depois, os criados gritaram ao gigante que ele tinha sido roubado por um rapaz que tinha acabado de fugir. O gigante, irado, sai do castelo atrás do ladrão que, enquanto fugia, ia deixando um rasto de moedas. As moedas acabavam num pé de feijão. Então o gigante decidiu descer o pé de feijão, para apanhar quem lhe tinha roubado o tesouro. Quando o gigante estava quase a acabar de descer o pé de feijão, João, que já tinha descido, corta o pé de feijão com um machado e o gigante caiu no chão. Então, com umas grandes correntes, prendeu-o.
João casou com a rapariga que o ajudou contra o gigante e com os sacos de moedas que tinha trazido comprou uma nova quinta para ele e para a mãe. Nunca mais tiveram dificuldades e viveram felizes para sempre.
Texto adaptado por Sónia Santos e Ricardo Domingos
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