Era uma vez uma menina que vivia numa casinha perto da floresta. Quase todos os dias a menina ia visitar a sua avó, que vivia no outro lado da floresta. Para isso, a menina tinha que andar muito pois não podia atravessar a floresta por causa de um lobo que lá vivia e que assustava as pessoas que por lá passavam.
Um dia, a mãe da menina chamou-a e pediu-lhe para levar um lanche a casa da avó porque ela estava doente e não se podia levantar. A mãe avisou-a para não entrar na floresta e não se demorar muito pelo caminho. A menina colocou a sua capa com um capuchinho vermelho, pegou no cesto do lanche e saiu para casa da avó. A meio do caminho pensou que seria bom levar um raminho de flores à avó para a animar. Viu umas bem bonitas no caminho ao lado da floresta e começou a apanhá-las. De repente, viu umas flores amarelas que nunca tinha visto. Para as apanhar tinha que entrar na floresta mas pensou que se aparecesse alguém, ela teria tempo de fugir. Entusiasmada com as flores, nem reparou que já tinha perdido o caminho de volta.
Quando procurava a estrada, sentiu alguém atrás dela. Voltou-se e deu com o focinho do lobo mesmo encostado a ela. Perguntou-lhe onde ia e ela disse-lhe que ia visitar a avó que estava à espera dela. Sugeriu à menina fazerem uma corrida até casa da avó. A menina começou a pensar que o lobo, afinal, não era tão mau como se dizia e aceitou fazer a corrida com ele. Partiram os dois e o lobo, que conhecia muito bem todos os caminhos da floresta, foi por um atalho e chegou rapidamente a casa da avozinha. Bateu à porta e disfarçou a voz para fingir que era a menina. Quando entrou foi logo para o quarto da avó que ficou muito assustada, mas conseguiu fugir a tempo de se fechar na cave. O lobo, vestiu uma das camisas de dormir da avó, pôs uma touca na cabeça e deitou-se na cama à espera que a menina chegasse.
Quando a menina chegou, bateu à porta pensando que tinha ganho a corrida ao lobo. O lobo mandou-a entrar fazendo uma voz fininha para fingir que era a avó. A menina ficou admirada por ver a avó com um aspecto tão diferente do habitual e pensou que ela devia estar mesmo muito doente. Perguntou-lhe porque tinha uns olhos tão grandes: “É para te ver melhor, minha netinha”. Depois, a menina perguntou porque tinha ela as orelhas tão grandes: “É para te ouvir melhor, minha netinha”. Em seguida, a menina perguntou-lhe porque tinha ela a boca tão grande e o lobo, saltando da cama e já sem disfarçar a voz, disse: “É para te comer”. A Capuchinho Vermelho conseguiu sair a correr do quarto e fugiu para a rua a gritar por socorro. Um caçador que passava ali perto ouviu os gritos e correu para junto da casa da avó. O lobo, ao ver o caçador, fugiu a sete pés e nunca mais apareceu na floresta.
A avozinha, apercebendo-se de tudo, saiu da cave e foi ter com o caçador e com a Capuchinho Vermelho. A partir desse dia toda a gente podia passear à vontade pela floresta, pois já não tinham que ter medo do malvado do lobo.
Texto adaptado por Sónia Santos e Ricardo Domingos
2 comentários:
Hermoso! me gustan los arboles.
Un saludo,
Marina
:) a Fadinha agradece a tua visita e as tuas palavras!
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