Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e a sua filha, a princesa Branca de Neve. Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente. O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa, que tinha um espelho mágico ao qual perguntava todos os dias: “Espelho, espelho meu, há no reino mulher mais bela do que eu?” “És a mais bela de todas, minha rainha”, respondia o espelho.
Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita. Todos gostavam muito dela, excepto a rainha. Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho: “Espelho, espelho meu, há no reino mulher mais bela do que eu?” “Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela!”
A rainha ficou furiosa. Imediatamente mandou chamar um guarda e ordenou-lhe que expulsasse Branca de Neve do reino. No dia seguinte, o guarda levou a menina para a floresta e disse-lhe para nunca mais regressar ao castelo. Branca de Neve andou muito tempo perdida até encontrar uma cabana muito pequena e engraçada. Parecia habitada por crianças pois tudo ali era pequeno. No andar de cima encontrou sete caminhas, umas ao lado das outras. A princesa estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e adormeceu. Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem para casa ficaram muito espantados ao encontrar uma linda jovem a dormir nas suas camas. Branca de Neve acordou e contou a sua história aos anões, que a convidaram para morar com eles.
O tempo passou... Um dia, a rainha resolveu consultar novamente o seu espelho e descobriu que Branca de Neve continuava a ser a mais bonita do reino. Ficou furiosa. Por isso, fez uma poção mágica, que colocou dentro de uma maçã, e transformou-se numa velhinha. “Uma dentada nesta maçã fará Branca de Neve dormir para sempre”, disse a bruxa. No dia seguinte, quando os anões estavam a trabalhar a velha bateu à porta para pedir água. Branca de Neve, gentilmente, ofereceu-lhe um copo de água. “Por favor, aceite esta maçã como agradecimento”, ofereceu-lhe a velha.
No mesmo instante em que mordeu a maçã, Branca de Neve desmaiou. Os anõezinhos encontraram-na caída, como se estivesse a dormir. Colocaram-na numa linda cama de cristal que fizeram de propósito para ela, no meio de uma clareira na floresta e ficaram a vigiar dia e noite, à espera que acordasse. Certo dia, chegou até à clareira um príncipe de um reino vizinho. Ele pediu aos anões que o deixassem levar a princesa para o seu castelo, onde ela estaria melhor. Os anões concordaram e, quando a ergueram da cama, o pedaço de maçã que estava na sua boca caiu. O feitiço desfez-se e a princesa acordou. Branca de Neve partiu com o príncipe para um castelo distante onde se casaram e foram felizes para sempre.
Texto adaptado por Sónia Santos e Ricardo Domingos
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